O governo brasileiro decidiu começar uma operação de resgate dos cidadãos que estão no Líbano. A decisão foi tomada após uma conversa do presidente Lula e do chanceler Mauro Vieira, no México, onde estão para acompanhar a posse da nova presidente Claudia Sheinbaum.
Mauro Vieira levou a Lula elementos da situação em Beirute, capital do Líbano, e das conversas que teve em Nova York. No sábado (28), o chanceler do Brasil se reuniu com o chanceler do Líbano, Abdallah Rashid Bou Habib. Os dois avaliaram o atual momento do conflito entre Israel e o grupo extremista Hezbollah e discutiram as chances de uma repatriação de brasileiros no país.
Uma passagem do Líbano para o Brasil – comprada nesta segunda-feira com previsão de embarque ainda em outubro – pode custar de R$ 11 mil a R$ 25 mil. Antes da escalada da guerra na região era possível deixar o país por menos de R$ 5,6 mil, segundo empresas de turismo e brasileiros que tentam escapar do conflito entre Israel e Hezbollah.
Desde a segunda-feira passada (23), o Itamaraty discute a necessidade de uma operação de repatriação. O grande ponto era a opção por qual rota seria usada para o resgate.
Além do uso do próprio aeroporto de Beirute, que até o momento continua aberto, o governo brasileiro também mapeia a possibilidade de usar bases aéreas operadas pela Rússia dentro do território da Síria.
Há duas mais próximas da fronteira com o Líbano: em Hmeymim, ao norte do Líbano e em Shayrat, a noroeste do Líbano.
Não está descartada uma outra opção, tida como mais complexa. A retirada dos brasileiros pelo Chipre.
O país faz fronteira marítima a oeste do Líbano. Neste caso, o resgate teria de envolver vias terrestres, marítimas e aéreas.
A FAB será acionada para a ação. E já tem à disposição aeronaves e um plano de voo até as áreas para o resgate. Enquanto isso, a embaixada do Brasil em Beirute segue colhendo informações sobre os brasileiros que querem deixar o país. A comunidade do Brasil no Líbano tem, segundo o Itamaraty, 21 mil pessoas.
Fonte: O Sul