A análise o método denominado “revisão da vida toda” voltará à pauta Supremo Tribunal Federal, nesta quarta-feira(28)
Este método propõe um cálculo diferenciado para a aposentadoria, considerando todas as remunerações do trabalhador, inclusive aquelas anteriores a julho de 1994, período de implementação do Plano Real.
“Revisão da vida toda” aplicada a todos os segurados da Previdência
Como o tema possui repercussão geral, o julgamento do Supremo poderá ser aplicado em todos os casos semelhantes no Brasil.
De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, mais de quatro mil processos aguardam o desfecho desta situação.
Esta decisão pode impactar significativamente o cálculo dos benefícios para os segurados da Previdência Social.
Se aprovado, o mecanismo permitirá a recalculação da média salarial para aposentadoria levando em consideração todas as remunerações do trabalhador, inclusive as anteriores a julho de 1994.
A mudança poderá alterar os valores dos benefícios de aposentados e pensionistas, causando impacto nas contas públicas.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) solicitou esclarecimentos ao Supremo sobre a forma de aplicação desta nova regra, após o tribunal decidir a favor da revisão.
A expectativa é que, com esses esclarecimentos, seja possível estimar o número de benefícios que serão reavaliados, o impacto financeiro e as condições logísticas necessárias para implementar a decisão.
Os ministros do STF apresentaram propostas de diretrizes para aplicar a nova regra, e também se discute a possibilidade de retornar o caso para julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A decisão quanto à revisão da vida toda não será aplicada a benefícios já extintos ou em parcelas quitadas com base em decisões judiciais definitivas.
As decisões tomadas pelo Supremo poderão provocar revisões em benefícios previdenciários já extintos, além de ações judiciais para reavaliar casos já encerrados.
Sendo assim, o julgamento desta matéria representa um marco importante para a Previdência Social, afetando diretamente milhares de aposentados.
Fonte: O Antagonista