A greve dos professores da rede estadual de educação segue sem data para terminar. Ontem, no primeiro dia, o Governo do Estado chamou o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte) para uma audiência no Centro Administrativo, em Florianópolis. Mas, segundo Tânia Fogaça, conselheira estadual do Sinte em Tubarão, foi apenas mais uma conversa sem propostas.
A reunião foi com o secretário de Administração, Vânio Boeing. “Nos pediram para aguardar 60 dias para apresentarem algo. É sempre essa mesma conversa”, lamenta Tânia. Os professores estaduais paralisaram as atividades em todo o estado.
Segundo a supervisora de Ensino da Gered (Gerência Regional de Educação), Maria da Glória Marques Bitencourt, mesmo com alguns profissionais aderindo à greve, as aulas seguiram e seguem normais nas escolas da região, e nenhum aluno foi afetado. “A direção das escolas organizou o quadro de profissionais e tudo segue em ordem”, afirma.
Reivindicações
Entre os pontos em destaque do magistério catarinense estão a valorização da carreira, com a aplicação do reajuste do piso salarial em todos os níveis, a descompactação da tabela salarial, a revogação integral do confisco de 14% das aposentadorias e a garantia de hora-atividade para todos os professores dos anos iniciais e segundos professores, com a luta pela sua extensão a todos os profissionais da educação. A última greve de professores do estado ocorreu em 2015.
De acordo com o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte), Evandro Accadrolli, ao todo, 43.766 trabalhadores contratados atendem mais de 500 mil estudantes. Porém, cerca de 32 mil professores estão em caráter temporário.
Fonte: Diário do Sul. ND Mais