O segundo episódio do Linha Direta exibido nesta quinta-feira (25) retratou o caso do falso profeta.
A representação mostrou Jair Tércio da Cunha Costa, acusado por pelo menos 14 assédios sexuais, na Bahia. O homem afirmava ser uma espécie de “messias” ou “líder espiritual” e utilizava dessa influência para abusar, de diferentes formas, de adolescentes e mulheres. Apesar de condenado, o homem segue foragido.
A trajetória de crimes de Jair Tércio ainda inclui mais denúncias, chegando ao número de 21 vítimas. Porém, a condenação aconteceu apenas em alguns dos casos pelo tempo de prescrição do crime. Atualmente, a legislação estabelece que os crimes de estupro prescrevem 20 anos depois da vítima completar 20 anos ou da data do crime. Como o falso profeta atuava desde a década de 1980, alguns casos já prescreveram.
O caso do falso profesta do Linha Direta mostrou quem é Jair Tércio Cunha, conhecido como falso profeta, por ser acusado de abusar das seguidoras de sua doutrina. A história do suposto “líder espiritual” começa em 1984 quando ele funda a Organização Científica de Estudos Materiais, Naturais e Espirituais (Ocidemnte). Ele a inda era mebro da Maçonaria, sendo grão-mestre da loja maçônica da Bahia. Atualmente, ele possui 67 anos.
A instituição criada por ele denomina-se, em suas redes sociais, como organização sem fins lucrativos, destinada a “auxiliar o ser humano em sua reforma interior, a partir do conhecimento e integração de si mesmo”. O objetivo é disseminar a doutrina criada por ele, o qual já chegou a afirmar que era uma encarnação de Jesus Cristo e até de Moisés. Além disso, ele intitulava-se como “iluminado”.
A organização de Jair Tércio desenvolve palestras, encontros e até mesmo retiros espirituais. Nesse ambiente de doutrinação religiosa e de submissão ao líder, as vítimas acabavam sendo abusadas. Segundo as investigações, um dos abusos teriam sido cometidos contra uma jovem que estava passando por um retiro de “cura gay”. Outros depoimentos narram que Jair ainda realizava abuso psicológico e moral nas seguidoras, impedindo o uso de determinadas roupas e o convívio com amigos ou familiares.
Por Carolina Marasco NSC