O prefeito de Criciúma Clésio Salvaro, por determinação da Justiça, obteve a revogação da sua prisão preventiva, após estar preso , desde o dia 3 de setembro no Complexo Penitenciário de Itajaí.
Ele deve chegar ainda na noite desta quinta-feira, dia 26, a Criciúma. Salvaro foi detido na segunda fase da Operação Caronte, que apura crimes de irregularidades e ilicitudes na licitação de concessão da Central Funerária.
Apoiadores do prefeito farão um ato de recepção para Salvaro na Rua da Gente. O encontro está marcado para acontecer a partir das 21h30. Mesmo sendo liberado da prisão, ele não poderá reassumir o seu cargo na prefeitura. A desembargadora Cinthia Schaefer, relatora do processo da Operação Caronte, concedeu o alvará de soltura, mas aplicou medidas cautelares para o prefeito criciumense.
Ele usará tornozeleira eletrônica por 90 dias, não poderá ter contato com testemunhas e outros denunciados, não poderá fazer uso de rede social e conceder entrevistas, não poderá acessar a Prefeitura de Criciúma e qualquer outro órgão público municipal e ficará afastados dos seu cargo público pelo prazo de 120 dias. Dessa forma, Salvaro não retornará ao seu mandato, que encerra no fim do ano.
A decisão de revogação da prisão e aplicação de medidas cautelares também se estende ao ex-secretário de Assistência Social de Criciúma, Bruno Ferreira, e para outros dois servidores públicos do município. Eles são investigados na mesma operação.
Além dos quatro agentes públicos de Criciúma, outras oito pessoas que possuem funções em empresas privadas e que são alvos das investigações foram soltas pela decisão da desembargadora. Eles receberam as mesmas medidas cautelares de Salvaro e Ferreira e não poderão exercer suas funções empresariais referentes às atividades funerárias e nem ter contratos com o município.
A Operação Caronte, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e pelo Grupo Especial Anticorrupção (Geac) apura crimes de organização criminosa, fraudes licitatórias e contratuais, corrupções, crimes contra a ordem econômica e economia popular envolvendo a concessão de serviço funerário na cidade de Criciúma.
Fonte: Engeplus