Santa Catarina se prepara para o primeiro censo no país focado em mapear a população com transtorno do espectro autista (TEA). O projeto visa coletar dados importantes que ajudarão a moldar políticas públicas mais inclusivas e eficazes para esse público.
O censo foi aprovado pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) em 17 de dezembro de 2024 e promete levantar informações detalhadas sobre o número de pessoas diagnosticadas com o transtorno e o nível de suporte que elas necessitam. Essa iniciativa é fundamental para que o estado possa atender melhor as necessidades dessa população.
O que esperar do censo?
· Objetivo: Levantar dados sobre o número de pessoas diagnosticadas com TEA em SC e suas necessidades de apoio.
· Cooperação: A execução do projeto é coordenada pela Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe), com apoio de universidades da região.
· Data: O trabalho deve ser concluído em fevereiro, e os registros serão feitos até outubro de 2025.
Impacto nas entidades de apoio
Entidades que oferecem suporte a pessoas com autismo, como a Associação de Pais e Amigos de Autistas em Florianópolis, serão diretamente beneficiadas com o censo. A demanda por atendimento tem aumentado, e o levantamento de dados poderá ajudar a melhorar o acesso e as condições de atendimento.
· Número de atendidos: A associação atualmente atende 1.080 famílias, enquanto 2.602 aguardam por serviços.
· Desafios financeiros: Muitas famílias enfrentam dificuldades econômicas, com mães deixando de trabalhar para levar os filhos a terapias, o que torna ainda mais urgente a criação de políticas de inclusão.
O que vem a seguir?
A plataforma que centralizará os dados será acessível apenas para profissionais cadastrados, como médicos, terapeutas e educadores. Isso garantirá a precisão das informações e a criação de uma rede de atenção que atenda as necessidades das pessoas com TEA.
Com esses dados, o estado de Santa Catarina espera melhorar a inclusão e garantir mais direitos e dignidade para as famílias, além de possibilitar o desenvolvimento de políticas públicas específicas para saúde, educação e assistência social.