No sábado, 1º de fevereiro de 2025, em Brasília, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito presidente da Câmara dos Deputados para o biênio 2025-2026. A eleição ocorreu em primeiro turno, onde Motta obteve 444 votos, superando os deputados Marcel Van Hattem (Novo-RS), que recebeu 31 votos, e Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), com 22 votos. Houve ainda 2 votos em branco. O parlamentar foi apoiado por um bloco de 17 partidos, totalizando 494 deputados.
Hugo Motta contou com o suporte de um bloco formado por 17 partidos, incluindo:
· PL; PT; PCdoB; PV; União; PP; Republicanos; PSD; MDB; PDT; PSDB; Cidadania; PSB; Podemos; Avante; Solidariedade; PRD
Com o apoio dessa ampla coalizão, Motta alcançou a maioria absoluta dos votos, dispensando a necessidade de um segundo turno.
Após a eleição, Hugo Motta fez um discurso enfatizando a importância da democracia. Repetindo o gesto histórico de Ulysses Guimarães na promulgação da Constituição, ele levantou o texto constitucional sob aplausos e declarou: “Tenho nojo da ditadura”. Motta afirmou que o povo brasileiro deseja emprego e harmonia entre os poderes, ressaltando que ninguém está acima da democracia.
Em seu pronunciamento, o novo presidente da Câmara defendeu:
· Mais transparência nos gastos públicos, sugerindo uma plataforma digital integrada entre os Três Poderes para acompanhamento em tempo real das despesas.
· Garantia da estabilidade econômica, destacando que a inflação é um dos maiores inimigos da sociedade e que a estabilidade resulta de medidas de responsabilidade fiscal.
Aos 35 anos, Hugo Motta é o deputado mais jovem a assumir a presidência da Câmara desde a redemocratização. Em seu quarto mandato como deputado federal, ele foi o mais votado na Paraíba nas eleições de 2022, com 158.171 votos. Motta presidiu a CPI da Petrobras em 2015 e liderou diversas comissões importantes ao longo de sua carreira. Além disso, apresentou seis propostas que se tornaram normas legais, incluindo a Emenda Constitucional 82, que incorporou a segurança viária ao capítulo de segurança pública.