O Museu Ferroviário fará o trabalho de restauração de mais uma locomotiva A equipe, que tem no mecânico Flávio Machado de Souza, o Macário, um dos coordenadores apaixonados por trens, terá a responsabilidade da realização desse importante serviço.
Agora é a vez da locomotiva a vapor Skoda Santa Fé 207, que após restaurada irá para Lauro Müller, onde será um novo atrativo turístico. De acordo com Flávio, a máquina estava no pátio da oficina e foi transferida esta semana para o museu, onde será dado início a todo o processo de restauro.
“Já foi feito todo o diagnóstico, será feito o trabalho de limpeza e nos próximos dias começaremos efetivamente a restauração. O trabalho consistirá também na retirada de todos os componentes para que sejam refeitos, tendo como base as peças. Tudo isso é feito por nós, ferroviários aposentados, que temos muito amor e ótimas lembranças destas máquinas que fizeram e fazem parte da nossa vida”, conta, orgulhoso.
Logo após a restauração, num trabalho que tem contrato para ser finalizado em dez meses, a locomotiva seguirá para Lauro Müller.
O intuito é valorizar o setor que mais gerou emprego e renda na cidade e também a história local, tendo em vista que Lauro Müller é um dos únicos municípios que possuía um ramal próprio de ferrovia. A locomotiva ficará exposta para moradores e visitantes na estação ferroviária.
A mais recente restauração começou em 2022 e foi finalizada em fevereiro de 2023. Neste período, a locomotiva a vapor Skoda Santa Fé 202 recebeu os últimos retoques e já está exposta ao público na frente da antiga estação, hoje museu municipal na cidade de Pedras Grandes.
Além do grande acervo ferroviário e dos passeios turísticos com a famosa Maria Fumaça, o Museu Ferroviário ainda é referência em todo Brasil quando se fala em restauração de locomotivas a vapor. Diversas máquinas de diferentes nacionalidades já passaram pelas mãos de ex-ferroviários, especialistas que fazem um incrível trabalho de recuperação.
Flávio “Macário” é um destes ex-ferroviários abnegados. Aos 75 anos, diz que toda sua vida foi ligada à Estrada de Ferro. Seu pai também foi mecânico das locomotivas e, aos 19 anos, passou no concurso e ingressou na mesma trajetória, de onde saiu aposentado, aos 42 anos. Poucos anos depois, o amor falou mais alto e foi fundado por este grupo o Museu Ferroviário, onde Flávio e seus amigos se dedicam diariamente a este amor pelas locomotivas e pela história.
FONTE: Sul Agora