Pela primeira vez na história,Tubarão terá uma eleição indireta para definir os novos gestores da cidade.
A população não será convocada às urnas. Somente os vereadores votam.
As regras que vão definir o pleito serão apresentadas na segunda-feira, dia 17, durante sessão ordinária na Casa Legislativa.
Engana-se quem acha que tudo já está definido e a Sessão na Casa Legislativa desta segunda-feira pode ter novidades.
Possíveis candidatos e apoios
Qualquer pessoa, desde que atenda aos critérios que serão apresentados, vai poder concorrer às vagas.
Há, por lógico, o interesse em manter alguém do time de Joares e Caio no governo. Gelson Bento (PP), Jairo Cascaes (PSD), Maurício da Silva (PP) e Zaga Reis (PP) querem disputar.
Observa-se, portanto, que a base governista não está alinhada. E, como não há consenso, a alternativa deve vir de fora: Carlos Moisés (Republicanos).
As negociações para eleger o ex-governador já iniciaram. Joares Ponticelli, aos que não estão lembrados, na última eleição, deixou de apoiar o correligionário Esperidião Amin para coordenar a campanha de Moisés na cidade.
Os deputados estaduais Pepê Collaço (PP) e Júlio Garcia (PSD) também apoiam essa candidatura. Eles enxergam no ex-governador a possibilidade de manter o alinhamento político em uma das cidades mais importantes de Santa Catarina. Por isso, devem trabalhar para eleger Moisés agora e também em 2024.
Oposição pode surpreender
Se por um lado a base governista disputa internamente para concorrer ao pleito, no outro lado a história é diferente.
Dos poucos opositores assumidos, apenas José Luiz Tancredo (MDB) parece articular para conquistar o voto daqueles que, nas entrelinhas, têm demonstrado insatisfação enquanto situação.
O parlamentar, por anos tem denunciado possíveis irregularidades no Poder Executivo, e agora tem utilizado isso em seu favor.
Dois grandes nomes tendem apoiar a eleição do emedebista: Estêner Soratto da Silva Júnior (PL), chefe da Casa Civil de Santa Catarina; e Volnei Weber (MDB), deputado estadual.
Cenário de gigantes
Ainda que surjam outros candidatos, confirmados os nomes de Moisés e Tancredo, a disputa ficará entre eles.
Seria uma prévia para 2024?
Indefinições até nas regras
Muito tem se especulado do que pode ou não, juridicamente, em uma eleição indireta. Eu, particularmente, acredito que o regramento válido seja o mesmo de uma disputa tradicional, previsto na Lei Complementar 64/90.
Neste caso, porém, os vereadores que antes estavam ocupando secretarias e que desejam participar da disputa, estariam inelegíveis. Isso porque a legislação exige a desincompatibilização do cargo, no mínimo, quatro meses antes da eleição.
FONTE: Infosul