Na tarde desta quarta-feira (12), a Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa, por meio do Departamento de Polícia Penal (DPP), enviou um ofício à Justiça confirmando que erraram ao afirmar que Joares Ponticelli, ex-prefeito de Tubarão, teria descumprido uma medida cautelar e ido à prefeitura, ao menos no pátio da prefeitura, no dia 28 de março deste ano, entre 08h22min28seg e 08h24min28seg.
Confira na íntegra:
Com relação à violação de ev. 1979.2, após reanalise do evento, foi constatada a variação de sinal GPS, fazendo que o sistema lançasse um ponto de reflexão que, coincidentemente, atingiu a área de exclusão.
As informações da petição de ev. 1982.1 corroboram para confirmar a reflexão de sinal.
Assim, solicitamos a desconsideração do registro informado no ev. 1979.2, uma vez que ocorreu reflexão de sinal e o acusado não esteve no local indicado.
Por fim, informamos que esta Unidade tomou ciência da decisão de ev. 1844 no ev. 1850 e da decisão de ev. 1996 no ev. 1998.
Em abril deste ano, a defesa de Ponticelli fez uma petição apresentando provas, em vídeo, de que o ex-prefeito estava em casa, no dia e hora citado pela Justiça.
Para tanto, anexou-se link das imagens da câmera de segurança de seu hall privativo (única saída de seu apartamento), registradas a partir das 08h01min35seg do dia 28/03/2024 e que mostram a primeira movimentação somente às 09h20min15seg, quando a faxineira entra em seu hall privativo para deixar um jornal, sendo que o requerente somente aparece às 09h52min40seg para buscar o periódico, este ainda não havia saído de sua residência. O requerente efetivamente deixou seu apartamento somente às 11h24min50seg, descendo pelo elevador.
A juíza Keila Lacerda de Oliveira Magalhães Garcia determinou apuração baseada no monitoramento da tornozeleira eletrônica usada por Joares. Esse monitoramento fornece informações como mapa de calor e até mesmo a velocidade do deslocamento. Porém, foi constatada a variação de sinal GPS pelo DPP.
Fonte: UniTV